segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Primeiro Mandamento






Ao longo dos tempos, muitas guerras, revoluções, genocídios e desgraças ocorreram e continuam a acontecer no mundo. Alguns, frutos da cobiça pelo poder. Outros, por puro egoísmo humano. Existem pessoas que precisam se autoafirmar passando por cima de outras, sem ao menos pensar nas consequências de seus atos e nos sentimentos do próximo. Algumas, simplesmente detestam a ideia de serem enganadas ou passadas para trás, e, quando isso ocorre, a raiva e o rancor as consomem a ponto de fazê-las pensar só em vingança. Mais uma vez, em algum lugar, a harmonia é quebrada.



Em todo esse contexto, penso onde se encaixa o primeiro e maior ensinamento que Deus nos deixou: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”. Será que é preferível alimentar o ódio do que cultivar o bem? E porque isso acontece?




Quem pensa que esses tipos de transtornos só ocorrem com o vizinho engana-se. Basta prestar atenção. Será que você, mesmo com pequenos atos, não cultiva o ódio de forma desnecessária? Em certos momentos, deixamos maus sentimentos tomarem conta de nosso ser e, sem pensar, somos capazes de machucar não só ao próximo ou o desconhecido, como também as pessoas que amamos.




E tudo isso pra quê? Será que é isso que queremos a nós mesmos? Será que é necessário criar esse tipo de situação? Será que damos importância ao que realmente interessa?




São pequenos atos, pequenas coisinhas que você nem pensa que possam ter tantos impactos, justamente por serem insignificantes para o seu mundo, mas que podem fazer diferença para outras pessoas. Ou, então, o caso inverso. Para você, determinado assunto é importantíssimo, mas não algo que precise de uma solução imediata – o que não significa ser algo insignificante ao olhos dos outros, nem passar despercebido. O que acontece é que o enfoque do assunto é seu. Nesse caso o que você faz? Fica com raiva e cria confusões para ser notado? Cria tempestade em um copo d'água para chamar atenção? Será que é preciso agir assim? Será que alguém realmente precisa escutar palavras duras, só porque naquele momento seu subconsciente está com raiva, agindo impulsivamente?




É difícil pensar que o ser humano seja capaz de matar e cortar outro ser humano, e dar os pedaços aos cachorros – mesmo que por suposição - como no caso do ex-goleiro do Flamengo, Bruno, que mandou matar Elisa Samúdio.




Acreditar que brincadeiras - aparentemente inocentes -, mas com teor descriminatório levaram o jovem Wellington Santos, de 23 anos, a matar 12 crianças em uma escola só para mostrar ao mundo o quanto somos injustos de graça soa tão contraditório, mas aconteceu.




O exemplo mais recente e prático de como a incompreensão e a insensatez causam transtornos à nossa sociedade foi a tragédia de Oslo, Noruega, onde Anders Behring Breivik matou 74 pessoas. Como alguém pode se considerar conservador religioso, se não sabe respeitar seu próximo, nem seguir o primeiro mandamento da lei de Deus?




Se não nos consideramos bárbaros para cometer tamanhas atrocidades, porque não conseguimos evitar que atitudes como àcima citadas se multipliquem pelo mundo? Não é só questão de religião, acreditar em Deus ou não, mas de bom senso, sensibilidade, sensatez e princípios. Se não conseguimos seguir o primeiro mandamento que Deus deixou e nem controlar as pequenas injustiças que cometemos em nosso dia a dia - mesmo que sem querer - com as pessoas que convivem conosco é sinal que, de fato, não temos valor algum ao mundo.



Texto: Cris Pappi


Foto: Google

Um comentário:

Bia disse...

Oiii Cris!!!maravilhoso querida!
Estou lendo um livro nesse momento onde fala, da falta desse amor! e estou lendo todo o novo testamento onde Jesus da os maiores exemplos de amor ao proximo, de não julgarmos as pessoas e isso tem me feito refletir e muito sobre as minhas atitudes,para com o meu proximo e vejo o quanto estou em falta e o seu post só me confirma o quanto temos que por em pratica esse mandamento, adorei vioo! parabéns