segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Depois das festas a tristeza.

Festa, fogos e muitos desejos: entre eles os mais requisitados são paz, amor, saúde, dinheiro, sucesso e prosperidade. Tudo é alegria na virada do ano. Após as comemorações, como de costume, a realidade “desaba” na vida de todos. Cada ser humano tem sua particularidade e problemas, no entanto, o sentimento que mais invade nossos lares, é a tristeza em ver um fenômeno natura,l não só destruir, mas como tirar a vida de várias pessoas. E de quem é a culpa? Da natureza? Governo? Nossa? Ou quem sabe até da mídia, que ao invés de cumprir com seu papel sócia, prefere manter uma programação pobre e vazia; a mídia poderia juntamente com os órgãos competentes informar, alertar, prevenir e orientar a população sobre as a áreas que correm riscos de desabamento ou enchentes com as chuvas( leiam artigo de Laurindo Leal: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/laurindo-leal-tempo-como-servico-nao-como-espetaculo.html). Mas acredito que todos citados, é óbvio que a natureza é a única isenta de qualquer culpa.

Primeiro foram as enchentes, no final de 2008 em Santa Catarina, depois no réveillon de 2010 o deslizamento em Angra dos Reis e as enchentes em São Luís do Paraitinga, interior de São Paulo. Em junho do mesmo ano, as cidades castigadas foram Palmares - Recife(PE) e em Branquinha - Maceió(AL). E mesmo depois de todos estes desastres, o que será que esta faltando para que o governo se mexa e coloque em prática políticas públicas eficientes? Na região metropolitana de São Paulo não é novidade o caos se instaurar depois que chove. E os alagamentos acontecem sempre nos mesmos lugares.e o que foi feito até então?
No popular,” não dá para chorar sob o leite derramado”. Chuvas sempre existirão e elas não escolherão região e classe social, simplesmente virão para todos e exigindo que cada um saiba lidar com suas consequências. E de nada adianta criticar quem constrói casa em morros ou áreas de risco; alguém deu alternativa melhor? Claro que seria mais útil prevenir do que reconstruir, assim como é feito nos Estados Unidos, emitindo sinais de alerta sobre tempestades e furacões.


Enquanto a prevenção não vem, o que nos resta é sermos sensíveis ao drama alheio e solidários( aliás, como é bom saber que o povo brasileiro é solidário; pena que não nos unimos assim para cobrar das autoridades o que de fato eles deveriam fazer).Até o fechamento deste post, ao todo são 15 cidades atingidas pela chuva, aproximadamente 430 desaparecidos, mais de 800 mortos e quase 3700 crianças órfãs. Me digam agora quais sentimentos aos acompanhar a situação dos habitantes da região serrana do Rio de Janeiro?
Apesar dos pesares sou uma pessoa de muita fé e sinceramente tenho esperança que episódios como estes não aconteçam mais no futuro.

2 comentários:

Peterson disse...

Cris, parabéns pelo texto sobre o retrato do país, que, na verdade, é o que vemos há muitos anos. Todo ano em SP é a mesma coisa. Aliás, somente as grandes metrópoles é que estão em evidência. E as tantas cidades de outras regiões? O texto de Laurindo Leal é fundamental para que muitos reflitam sobre essa questão. Enfim, também tenho muita fé que num futurão não tão distante conseguiremos mudar essa situação.

Miura, Newton M. disse...

Cris, é isso, precisamos continuar nos indignando. Não podemos perder essa capacidade, mesmo que a iniquidade continue triunfando como vemos nos dias atuais. Quem dizia isso era o Rui Barbosa. E essa indignação precisa se manifestar em cada momento de nossos dias, no dia a dia do trabalho, nas ruas, na escola, e nos blogs.
Miura